O preço do ouro disparou no início da sessão de quarta-feira, atingindo um novo máximo histórico acima dos 3.300 dólares. A par do franco suíço, o ouro está a emergir como um dos principais beneficiários do movimento generalizado de aversão ao risco que se faz sentir nos mercados. Desde 9 de abril — o chamado “Dia da Libertação” — o metal precioso valorizou cerca de 11%, à medida que os investidores, abalados pelo caos crescente em torno das tarifas e pelo receio de uma recessão provocada pela intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China, continuam a aumentar a sua exposição ao ouro. A confiança nos ativos norte-americanos tem sido ainda mais enfraquecida pelas mudanças imprevisíveis na política comercial dos EUA — o exemplo mais recente foi o anúncio, ontem, de novas restrições à exportação de chips para a China. Esta incerteza está a penalizar os ativos de maior risco, como as ações tecnológicas, e a reforçar a procura por refúgios tradicionais como o ouro. A este cenário junta-se a desvalorização do dólar, que tem perdido terreno face às principais moedas, à medida que os investidores se afastam de ativos denominados na divisa norte-americana. Dada a correlação inversa entre os dois ativos, esta fraqueza do dólar tem oferecido apoio adicional à valorização do ouro.
Ricardo Evangelista – CEO ActivTrades Europe
Fonte: ActivTrader
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